Dia: 1 de outubro de 2009

  • Cachorro faz bem à saúde

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    Um estudo realizado com 230 crianças de 1ª e 2ª séries do ensino fundamental em Israel revelou que brincar com um cachorro reduz a pressão arterial .“Os resultados são muitos significativos“ diz o médico Michael Ballash , responsável pelo projeto, realizado pelo Instituto Gertner de Epidemiologia, em parceria com Centro Medico Sheba e a Universidade Hebraica de Jerusalém. “A pressão arterial normal de crianças é de 120/80 milimetros (mm) de mercúrio , ou seja, 12 por 8.Entre aquelas que tem cachorro, a taxa cai em média 4,5mm. Esse é um excelente indicador de que brincadeiras desse tipo podem ajudar muito as crianças com problemas de pressão alta “, explica o especialista.

    Fonte: Viva saúde nº 82 Editora Escala.

  • Lambidas De Cachorro Faz Mal?

    Por EDUARDO FREIRE – Cinófilo e canicultor

    Levar um beijo do seu cãozinho não faz mal. Estudo demonstra que levar uma lambida do melhor amigo ou compartilhar a cama com ele não oferece risco à nossa saúde como muitos pensam.

    Um estudo realizado na universidade Kansas State, em Manhattan, EUA, pela médica veterinária Kate Stenske, mostrou que o contato próximo entre caninos e os seus proprietários não traz riscos para a saúde humana.

    O estudo da médica veterinária que analisou os riscos relacionados à bactéria Escherichia coli, causadora de problemas comuns como infecções do intestino, será publicado na próxima edição do American Journal of Veterinary Research.

    Para ter plena convicção da afirmação, a veterinária coletou amostras de fezes de cães e de seus proprietários, conseguindo provar que na grande parte dos casos, o micro-organismo encontrado nos seres humanos é mais resistente e, por isso, mais perigoso à saúde – do que o encontrado entre os cachorros. Em 10% dos casos, cães e seus proprietários compartilhavam o mesmo tipo da bactéria E. coli. Isso mostrou que, na maior parte das vezes, nós, seres humanos, somos mais perigosos para os cães – ao transmitir uma bactéria mais resistente – do que o contrário.

    Apesar da pesquisa ser satisfatória, Kate recomenda sempre ter bom senso na prática da higiene pessoal. “ É fundamental lavar bem as mãos antes de preparar alguma refeição ou de brincar com seu cachorro, por exemplo.”, afirma.

    A médica veterinária confessa que o interesse pelo assunto abordado nasceu em função da relação PROPRIETÁRIO x CACHORRO.

    Fonte Época

  • Cão é reflexo do estado de espírito do dono, explica Cesar Millan, estrela do seriado “O Encantador de Cães”

    encantador
    Recentemente estreou no canal pago Animal Planet a 3ª temporada da série “O Encantador de Cães”, estrelada por Cesar Millan, mexicano especialista em comportamento canino, notório por conseguir resolver uma ampla variedade de problemas, desde cães agressivos até outros marcados por traumas e manias diversas.

    Em entrevista coletiva concedida por telefone, o especialista falou sobre a carreira, o programa na televisão e técnicas para entender os animais:

    Como você se prepara para cada caso mostrado no programa?
    Cesar Millan:
    Bom, a verdade é que nunca sei o que vai acontecer em cada caso. A produção só me diz que horas vamos gravar e os produtores mesmos é que assistem os vídeos e selecionam os cães para cuidar.
    Prefiro não saber nada assim tenho a surpresa, quero experimentar o momento em que conheço o cachorro e ele conhece a mim. Isso é importante porque dessa forma eu avalio o presente, o que acontece naquele momento, e não o que foi gravado e enviado no vídeo. Assim eu consigo manter um relacionamento fresco e sincero. Um problema comum é que muitos de meus clientes vivem pensando no passado ou projetando o futuro e deste jeito eu consigo fazê-los pensar no agora, no presente.
    Por outro lado, me preparo fisicamente, faço caminhadas todas as manhãs e sempre levo comigo um grupo de cinco ou seis dos meus cachorros para me ajudar. Não sei se o cão que vou cuidar está ansioso, nervoso ou o que seja, então levo um dos meus que vai me ajudar a definir isso.

    Qual foi o caso mais difícil que você lidou?
    Cesar Millan:
    Meus casos mais difíceis são sempre com as pessoas, não os animais. A pessoa demora a entender que precisa tratar o cão como animal e não como um ser humano.
    O cão deseja apenas ser feliz, agir naturalmente e muitas vezes o obstáculo que o impede não é a agressividade, medo ou ansiedade, mas sim o fato de que o dono não quer que o cachorro seja um cachorro.

    Você acredita que os animais se comunicam pela energia e que podem, de certa maneira, serem reflexos do estado de espírito de uma pessoa?
    Cesar Millan:
    Claro, absolutamente. O cão expressa como você se sente, mas não por palavras. Se há tensão na casa o cachorro fica tenso, se há medo ele fica com receio e da mesma forma com sentimentos positivos. Mas ele não nasce sabendo isso, ele aprende na sua casa.
    Por isso, quando vou à casa de uma pessoa sei que ela vai me contar uma história, que pode ser real ou não, mas o cachorro vai me contar a verdade.
    Uma vez, um mexicano chamado Ernesto foi mordido por um cachorro na Cidade do México. Ele se mudou para os Estados Unidos, criou uma família e os filhos queriam um cachorro. Como ele morria de medo de cães, veio me pedir ajuda e explicou que tinha “medo de qualquer tipo de cachorro, até chihuahuas.
    O que fiz? Coloquei ele no meio de um monte de cachorros. Como todos estavam treinados foram brincalhões, caso contrário sentiriam o mesmo medo de Ernesto e o teriam atacado. É como a natureza funciona.

    Muitos treinadores concordam com você que é importante trabalhar a energia do animal. Porém, muitos são contra os seus métodos, consideram eles muits fortes e repressivos. Por exemplo, poucas vezes se vê no programa você premiando os cães com biscoitos ou coisa do tipo. O que você acha sobre isso?
    Cesar Millan:
    O caso é que há diferentes formas de premiar um cachorro. Realmente é um costume premiar com um biscoito quando ele faz algo que desejamos.
    O problema é que aqui na América os cães são estimulados exageradamente e assim não conseguem ter uma mente tranquila e relaxada. Por isso também é bom premiar com relaxamento e amor, sem a excitação. Não quer dizer que não se está fazendo algo de bom para o cachorro, mas sim que algo está sendo feito de forma pacífica. O cão sente sua energia, ele sabe que você está feliz por causa do que ele fez.
    A maioria dos meus casos no programa envolve cães agressivos, hiperativos, nos quais premiar com empolgação pode ser um equívoco.
    Recentemente ajudei uma professora de psicologia que tinha problemas para lidar com dois chihuahuas. Sabe qual era o problema? Carinho em excesso. Você pode desequilibrar totalmente um cão ao lhe dar muito afeto e torná-lo agressivo.

    Você acha que nasceu com um dom para lidar com cães?
    Cesar Millan:
    Quando eu nasci eu vivi com uma pessoa que tinha esse dom, que foi meu avô. Ele morava no rancho e não explicava muitas coisas, mas havia muito para ver e aprender com ele.
    E eu acho que levei o conhecimento dele a um nível superior: ele lidava com grupos de sete, oito, dez cães no máximo, já eu faço o mesmo com 30, 40, 50 cachorros.
    Acredito que o dom que Deus me concedeu foi ter um avô como ele.

    Por que você decidiu fazer programas de televisão?
    Cesar Millan:
    Eu já tinha um comércio estabelecido no sul de Los Angeles, um lugar de poucos recursos. Mesmo assim chegavam a mim para cuidar cachorros de Beverly Hills, Bel Air, cachorros cheios de dinheiro, alguns até chegavam em limusines.
    Essas pessoas começaram a falar bem do meu trabalho e logo começaram a chegar ligações de Nova Iorque, cartas do Canadá, Inglaterra, Irlanda, Escócia e outros lugares. Nunca fiz propaganda e ainda cobrava barato pelo serviço, mas com isso fui ganhando a confiança dos Estados Unidos.
    Na época eu estava ilegal no país, mas tive a vantagem de então já ter como amiga Jada Pinkett Smith [atriz e esposa do ator Will Smith] que me recomendou aprender a falar inglês e me mandou uma professora para ensinar o idioma.
    Meses depois fui entrevistado por uma pessoa do [jornal] Los Angeles Times que perguntou o que eu gostaria de fazer agora que já era amigo de diversas celebridades. Eu disse: “gostaria de ter um programa de televisão”. A frase foi publicada em uma edição de domingo e na segunda já havia produtores querendo saber como seria o show.

    O que você acha de centros estéticos e spas para cães e outros animais?
    Cesar Millan:
    O melhor é que, obviamente, um cão balanceado, equilibrado, seja levado a um lugar desses, mas de maneira geral a experiência é mais para o ser humano. A pessoa é que está ganhando com isso – muitas vezes são pessoas que não levam o cachorro para passear ou algo do tipo e levando a um salão de beleza tiram um pouco do sentimento de culpa.
    Eu corto pêlos de cachorros e sei como é importante a estética. O cão se sente melhor e as pessoas ao redor vão preferir se relacionar com um cão limpo e bem cuidado.
    Mas qualquer coisa além disso já não interessa ao cachorro. Ele não sabe o valor das terapias aromáticas, por exemplo.

    O ENCANTADOR DE CÃES (TERCEIRA TEMPORADA)
    Episódios no canal pago Animal Planet

  • Focinhos novos no pedaço

    As raças de cães recém-introduzidas no Brasil fazem sucesso por suas características únicas
    Rodrigo Turrer

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    Cachorro que não late? Cão sem pelo? Pastor miniatura? Se você encontrar cachorros que nunca viu, não os confunda com vira-latas. Pouco comuns no país até o começo da década, algumas raças aos poucos ganham o mercado canino – ou “cinófilo”, como preferem os criadores – por suas características exclusivas, que se refletem no preço. Um cão desses, com pedigree e vacina, pode variar de R$ 2 mil a R$ 5 mil. Nas próximas páginas, alguns exemplos.

    O basenji é uma das raças mais conhecidas entre as desconhecidas: o cão que não late – e raramente morde. Pacífico, emite sons que vão de uma espécie de risadinha de desdém a uivos cantados. Suas cantorias são hit no YouTube (basta digitar “basenji singing” no site para ver). Apesar dos dotes artísticos, a raça não é barulhenta, afirmam os criadores. “É um cão silencioso. Eu tenho uma fêmea há quatro anos e nunca ouvi a voz dela”, diz o criador Sávio Steele, dono do Canil Itapuca, em Niterói, Rio de Janeiro.

    Além de silenciosos, são cães com “alma de gatos”: independentes e autônomos, gostam de pessoas e interagem com o dono sem exceder na bajulação. Soltam pouco pelo, não têm cheiro de cachorro e são… autolimpantes. Higiênicos, pulam poças e evitam sujeira. Se pisam na lama, lambem a pata até ficar limpos, diz Steele. Apesar de se darem bem em apartamentos, são cães que precisam de passeios diários.

    Outra raça emergente é o oposto do basenji. O chinese crested dog, ou cão de crista chinês, é pouco menor que um poodle e tem cara de chihuahua. A falta de apelo estético é compensada pela capacidade de se adaptar a espaços pequenos, dizem os criadores. “São cães perfeitos para apartamentos: não têm pelo, não causam alergia, são carinhosos sem ser hiperativos e dispensam exercícios e passeios diários”, afirma Livia Krainer, agente do canil Hampton Court, em Avaré, São Paulo. Por não latirem à toa, servem como “alarme vivo” para proteger a casa.

    Outra raça miniatura útil para alardear visitas indesejadas é o schipperke (pronuncia-se “squiperque”). Miniatura do portentoso pastor-belga, é pouco menor que um beagle. Independentes e inteligentes, são conhecidos pelo silêncio. “Como não latem por nada, mesmo pequenos são ótimos cães de guarda”, explica Thiago Mendes, biólogo e criador do canil Moreira Mendes, em São Paulo. Apesar de peludos, não têm cheiro forte mesmo quando ficam meses sem banho, segundo os criadores. Convivem bem com crianças.

    Quase insuperável em adaptação a travessuras infantis é o buldogue francês. “Ele aceita todo tipo de brincadeira, até das crianças mais ranhetas”, afirma Sávio Steele, que também cria a raça. São cães dóceis, companheiros e apegados. Às vezes até demais. Sentem falta dos donos e não podem ficar sozinhos muito tempo, senão depois querem brincar o tempo todo. Atarracados e parrudos, ficam entre o pug e o buldogue inglês e são muito procurados por moradores de apartamentos.

    Não é só na versão reduzida que é possível encontrar raças emergentes e comportadas. Quase do tamanho de um pastor-alemão, os cães rodesianos chamaram a atenção do ator Thiago Lacerda. “Eu sou um veterinário frustrado e adoro cachorros grandes. E me apaixonei pelo biotipo da raça”, diz Lacerda, dono do Canil Riad Ridge, em Petrópolis, Rio de Janeiro, especializado em rodesianos. “É um cão altivo, companheiro sem ser espalhafatoso. É quase um felino.”


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    BULDOGUE FRANCÊS

    ORIGEM: França. É uma versão miniatura dos buldogues originais
    CARACTERÍSTICAS
    Mede até 35 centímetros, pesa de 8 a 14 quilos e tem “orelhas de morcego”. É
    dócil, receptivo e brincalhão. Apesar do pelo curto, precisa tomar banho com
    frequência por causa do forte odor
    PRÓS
    Cão de companhia, se dá bem com crianças e em apartamentos
    CONTRAS
    Não pode ser deixado sozinho por muito tempo
    PREÇO: R$ 2.500
    ONDE ENCONTRAR
    Dirennas’s (direnna.com);
    Canil Dalla Nora (bulldogfrances.com.br)

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    SCHIPPERKE

    ORIGEM:Belga, raça com 500 anos, é uma versão miniatura do pastor-belga original
    CARACTERÍSTICAS
    Cerca de 30 centímetros, de 5 a 8 quilos. É inteligente e
    independente. Apesar de peludo, solta pouco pelo e é higiênico. Pode ficar
    sem tomar banho por mais de um mês sem ficar com mau cheiro
    PRÓS
    Como late raramente, serve de cão de guarda, apesar do tamanho
    CONTRAS
    É ativo e cheio de energia, precisa de algum espaço
    PREÇO R$ 2 mil
    ONDE ENCONTRAR
    Canil Moreira Mendes, tel. (11) 9151-3569, schipperke.com.br;
    Canil Baktaran, tel. (61) 3245-2349

    bas


    BASENJI

    ORIGEM : África. No século XIX foi levado para a Inglaterra e se espalhou na Europa
    CARACTERÍSTICAS:Mede de 40 a 42 centímetros, pesa entre 9,5 e 11 quilos. Não late: emite uivos cantados e grunhidos. É independente e autossuficiente. Higiênico, evita poças e sujeira
    PRÓS
    Não late e solta pouco pelo. Gosta de brincar, mas sem bajulação
    CONTRAS
    Muito ativo, precisa de passeios diários para aplacar o ânimo
    PREÇO R$ 2 mil
    ONDE ENCONTRAR
    Canil Itapuca (canilitapuca.com.br);
    Canil Shiwsei, tel. (31) 3712-4024;
    Basenji & Whippet, tel. (11) 4022-5927

    chin


    CHINESE CRESTED DOG

    ORIGEM: África. Foi disseminado na China no século XVI.
    Era levado por mercadores para caçar ratos em navios
    CARACTERÍSTICAS
    Mede de 23 a 30 centímetros, pesa 4,5 quilos. Alegre, afetuoso e
    tranquilo, late raramente e não se excede nas brincadeiras. Não solta pelos
    e não tem “cheiro de cachorro”
    PRÓS
    Pequeno, silencioso e sem pelos, é ideal para apartamento
    CONTRAS
    Costuma ser exageradamente apegado ao dono
    PREÇO R$ 4.500
    ONDE ENCONTRAR
    Canil Hampton Court, tel. (14) 3732-6755;
    Canil Vila Brazil – (canilvilabrasil.com.br)

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    RODESIANO

    ORIGEM:África. Chamado de Leão da Rodésia, foi levado para a Europa por colonos ingleses
    CARACTERÍSTICAS:Mede de 61 a 69 centímetros, pesa de 32 a 36 quilos. Cão seguro, tranquilo e altivo. É dócil e se dá bem com crianças. É autossuficiente e independente
    PRÓS É
    ótimo cão de guarda, porque só late em caso de necessidade
    CONTRAS
    Apesar de companheiro, é um cão reservado
    PREÇO R$ 4.500
    ONDE ENCONTRAR
    Canil Malabo APD (malaboapd.com.br)
    Canil Riad Ridge (riadridge.com.br);

     

    Publicado na Revista Época, 22/08/2009